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| Algumas sugestões de fã para melhorar essa coletânea tão importante. |
Confesso a vocês que Sonic Origins foi um dos games que mais aguardei no ano de 2022.
A possibilidade de jogar os quatro primeiros títulos do meu mascote favorito direto no console, sem emulação, com troféus, e ainda em widescreen, foi algo que me encantou desde o anúncio da coletânea. E a cereja do bolo foi o retorno de Sonic 3 & Knuckles às plataformas oficiais, já que o game (ou "os games", se considerados separados) não eram vendidos oficialmente há mais de 10 anos em razão de disputas judiciais por direitos autorais.
Eu não sou de hypar remakes e remasters, mas no caso dos jogos do Sonic do Mega Drive, eles mereciam uma entrada digna no mercado atual. Sonic Origins, então, seria a maneira definitiva de jogar esses clássicos, já que, sendo lançada para PS4 e Xbox One, a coletânea também roda no PS5 e Xbox Series via retrocompatibilidade. O mesmo vale para Windows.
Contudo, o fator "SEGA" aconteceu. Boas ideias prejudicadas pela cultura do crunch (executivos apressarem os desenvolvedores com prazos apertados que impedem o devido polimento do jogo) e o resultado foi um completo desastre.
A esta altura, vocês já sabem que Sonic Origins veio cheio de bugs, com problemas de física, colisão, áudio, e por aí vai. Mas não é sobre isso que quero falar hoje.
Eu gostaria de conversar com vocês sobre o quão melhor Sonic Origins poderia ter sido em matéria de fan service. Deixando de lado a parte técnica da coletânea, é preciso dizer que sim, ela é muito básica. Rasa. Quase sem alma. Faltou conteúdo, faltaram extras interessantes, faltou aquela sensação de ser algo de fã para fã - algo que Sonic Mania soube fazer muito bem.
Então, vamos lá. Apontarei algumas ideias que gostaria muito de ver em Origins. Já que estamos na era dos updates, em que os jogos ficam prontos depois de serem lançados e os fãs reclamarem, não custa sonhar que a Sega implemente algumas das ideias abaixo por meio de atualizações futuras.
Se tem uma coisa que fã tem, é esperança, ainda mais o fã de Sonic!
1. Amy e Metal Sonic jogáveis
Simplesmente pelo fato de que esses personagens já têm seus sprites prontos, eis que ambos aparecem em Sonic CD - e o Metal Sonic, inclusive, já apareceu no Mania. Não era difícil terem criado alguns sprites a mais para quando os personagens tomam dano, olham para cima e afins, e disponibilizar ambos para o jogador controlar.
Poderiam até ser desbloqueáveis, liberados após terminar Sonic CD sob determinadas condições. Imagine, fazer todos os finais em CD destravaria o Metal Sonic, e terminar num determinado tempo destravaria a Amy - ambos para todos os jogos da coletânea.
Indo mais além, ao jogar com Metal Sonic, quem estaria pilotando as naves e robôs dos chefes poderia ser o próprio Sonic. Na Hidrocity do Mania, controlamos o Sonic numa nave do Robotnik. Seria legal ver isso se repetir, com o Sonic como boss. Não teria lógica, mas seria fan service puro - e me parece que fan service era para ser o foco dessa coletânea.
2. Knuckles em Sonic CD
O equídna está disponível em todos os demais jogos, menos em CD. Isso porque a versão de Sonic CD para mobile e Steam - que foi usada de base para o port dessa coletânea - não trazia o antigo rival de Sonic como personagem jogável, então nem se deram ao trabalho de incluí-lo aqui.
No jogo do Sonic que mais tem exploração, não ter o Knuckles jogável é um crime. Esse defeito eu realmente espero ver corrigido numa atualização.
3. Ashura desbloqueável em Sonic 2
Poucas franquias têm tantas lendas urbanas quanto Sonic. Um dos mitos mais famosos da série é o tal do Ashura, um "Sonic verde" escondido no Sonic 2. Nos anos 90, muita gente falava que ele era um personagem secreto, até que eventualmente se descobriu que se tratava do Sonic com a paleta de cores trocada após fazer um glitch via debug mode.
Mas e se Origins trouxesse o Ashura como um personagem jogável? Talvez desbloquear alguns itens relacionados a Sonic 2 no museu e então zerar o Sonic 2 cumprindo algum requisito (sem morrer, sem Tails, ou em menos de 1 hora, sei lá) e então ter o Ashura desbloqueado na seleção de personagens apenas nesse game. Não dá trabalho alterar a paleta de cores de sprites que ja estão pontos.
Service, meus amigos, service.
4. Boss Rush hard
Tem uma missão do jogo que apresenta um combate com o boss da Starlight Zone do Sonic 1 onde não há chão na fase, de modo que o jogador precisa ficar sobre as plataformas para não cair. Na prática, isso é uma "versão hard" de um boss existente.
Seria muito legal ver essas versões dificultadas de mais chefes. Quem sabe, de todos os chefes da coletânea.
Vamos ser um pouco masoquistas aqui: E se houvessem espinhos saindo do chão durante o boss clássico da Green Hill? Que tal enfrentar o Robotnik na cachoeira da Angel Island enquanto o Knuckles ataca pelo chão? E se a Flying Battery sobrevoasse o chefe final da Mushroom Hill e largasse mísseis enquanto desviamos das bolas de espinho para alcançar o Robotnik? E se a "beyblade" do sub-chefe da Carnival Night se movesse mais rápido?
E se vencer esse boss rush insano desbloqueasse o Silver Sonic como personagem jogável em todos os jogos?
5. Abertura de Sonic CD redesenhada
É muito legal terem disponibilizado a abertura original em anime do Sonic CD nesta coletânea - especialmente pelo fato de terem incluído as duas músicas-tema, americana e japonesa, e deixar o jogador decidir qual delas quer escutar durante a cutscene.
Só que eu acho meio "gambiarra" ter todas aquelas novas cutscenes desenhadas bonitinhas em HD, e uma delas simplesmente "emendar" na intro velha do Sonic CD.
A intro do CD poderia estar no museu como um item desbloqueável, mas para o jogo em si, seria legal se tivessem redesenhado ela no mesmo estilo das demais cutscenes da coletânea. Não precisava acrescentar nem tirar nada, só refazê-la em widescreen com o mesmo estilo de animação do resto da coletânea, tocando "Sonic Boom" ou "You Can Do Anything" remasterizadas em alta qualidade.
Não tem fã que não ia chorar com isso.
6. Blue Sphere Roguelike
Estamos na era dos "roguelikes", jogos cujo cenário é gerado aleatoriamente a cada vez que você morre ou avança para a próxima fase. Vários jogos hoje em dia são assim, sendo "Hades" um dos títulos mais recentes do gênero, que inclusive fez considerável sucesso.
Pensando nisso, seria interessante se a Sega tivesse criado algo parecido para o Blue Sphere. Eu realmente me divirto com os special stages de Sonic 3 & Knuckles, são os meus favoritos da franquia, e confesso que perderia horas ali caso aquelas fases fossem geradas aleatoriamente a cada jogatina.
7. Museu aos moldes da "Krypta" de Mortal Kombat
Verdade seja dita: menus de museu são chatos. Não sei porque toda coletânea insiste em ter um menu de museu. É um conceito ultrapassado e desinteressante. Por que não criar algo interativo e com mais fan service?
Imaginem se o "museu" do jogo seguisse a ideia das kryptas de Mortal Kombat: um cenário jogável para explorar, no qual encontramos e desbloqueamos os itens com as coins conquistadas ao longo do jogo.
Esse cenário poderia fazer referência a algum jogo não incluso na coletânea. Que tal algo com visão isométrica como Sonic 3D Blast, ou então inspirado no obscuro SegaSonic The Hedgehog para arcade? Ou então, uma versão reimaginada do hub world da antiga coletânea Sonic Jam.
Qualquer coisa é melhor que um "menu" de museu.
...
E vocês, o que acrescentariam ou consertariam nessa coletânea? De qual fan service sentiram falta? Contem aí nos comentários!